■ Uísque ou água de coco?
- Rubens Marchioni
- 28 de mar. de 2017
- 1 min de leitura
Por hábito e cultura, não tenho o uísque entre as minhas bebidas preferidas. Talvez isso revele a minha origem e descendência, garoto nascido na pequena cidade interiorana, filho de agricultores sem grandes pretensões e afinados com o barro de onde viemos.
Dito isso, deixo registrado que a uma dose da bebida escocesa, com idade para ser minha filha, prefiro a de uma cachaça nacional, produzida com cuidado artesanal nas terras de Minas e adjacências e degustada em um dos copos da coleção pessoal. Melhor ainda se acompanhada de um bom papo, destes que só acontecem quando a presença amiga aquece o peito e a alma. Para refrescar, todo o frescor de outra bebida criada por Deus num momento de extrema e divina felicidade: a água de coco. [Misturada à bendita, o resultado é sempre uma densa alegria líquida, que reanima e inventa sorrisos. Mas essa é outra história, a ser degustada em ocasião apropriada].
É claro que toda escolha é reveladora e, para o bem ou para o mal, tem o seu custo. Preferências revelam muito da nossa personalidade. Inscreve-nos nesse grupo ou nos afasta daquele. Quanto a mim, sinto-me confortável na categoria em que me encontro. Estar ajustado faz bem. Evita desequilíbrios, inviabiliza a guerra e não atrasa a chegada do paraíso. O que, sem dúvida, é motivo de comemoração. Cada um com a taça e a bebida que convém ao seu paladar, cansado de tanto mascar Bombril e com direito a uma trégua para relaxar e viver. Afinal, a gente merece. ₪
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