♦ TECNOLOGIA É SINÔNIMO de progresso técnico. Em última instância, é ela que possibilita o crescimento da economia. No entanto, a tecnologia não cai do céu, nem dá em árvore, para usar um dos chavões do momento. Ao contrário, ela é fruto do nosso trabalho. E isso requer educação, inovação, adoção de ideias criativas aninhadas na mente de empreendedores – a propósito disso, o agronegócio, cheio de promessas, tem atraído jovens em busca de novos horizontes profissionais, gente que anda na contramão do que houve nas décadas de 60 e 70, principalmente, quando milhares deixaram a terra do interior a caminho do asfalto das grandes cidades. Neste novo cenário, é sinal de negligência suicida deixar de lado a tríade conhecimentos, habilidades e atitude, ou seja, saber, saber fazer e querer fazer. É isso, em resumo, que vai gerar prosperidade para todos. E quem negaria que essa é, hoje, a principal carência dos brasileiros de classe média e baixa?
♦ A educação tem o papel inegável de gerar competências que façam diferença na vida pessoal e profissional do jovem. Isso vale, sobretudo, em áreas estratégicas para as empresas e a sociedade, como é o caso da comunicação, liderança, ética e trabalho em equipe, apenas para citar alguns exemplos. Com um detalhe: o estudante não pode mais ser mantido como um depositário passivo de informações, de meros atributos ensinados pela escola – ao invés de aprender pensamentos, aprender a pensar, sugere Kant, citado por Georges Gusdorf em Para que professores?
Isso implica, naturalmente, em levá-lo a perceber e aplicar os benefícios trazidos pelo conhecimento adquirido, sempre de olho numa escala consistente de valores. A propósito disso, seria interessante aprender com a boa propaganda, que há tempo descobriu e aplica essa escalada. Como apelo de venda, os melhores profissionais deixaram de insistir no fato de que a tampa da caneta é azul. Estrategistas e por saberem que isso vende, eles migraram para o benefício ‘escreve macio’ e, daí, para o valor escondido – ‘por escrever macio, você tem uma experiência de conforto enquanto escreve’.
Pronto, aquele produto deixou de ser apenas um objeto de escrita, para ser fonte de conforto. Quanto você estaria disposto a desembolsar por uma caneta de tampa azul? E por uma que lhe garantisse uma experiência de conforto?
Nosso estudante precisa ir além de ser uma caneta com tampa azul, para assumir o papel de gerador de conforto para a comunidade onde vive. O sucesso de vendas será inevitável. A transformação, também. ₪
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