Bagagem é coisa que se traz de casa. Em geral, ela é obtida por meio do bom aproveitamento escolar e do hábito de leitura. Não existe mágica. Ou tem, ou não tem. Pedras não produzem leite.
Também na comunicação escrita, vale a máxima de Jesus: a boca fala do que o coração está cheio. Caso contrário, permanece o silêncio asfixiante de quem sequer pode insinuar um gemido. Sufocante.
No curso preparatório, o treinando busca as armas que podem garantir-lhe a conquista do posto de funcionário público. Finalmente ele está determinado. Deseja, a qualquer preço capacitar-se para vencer uma guerra. E espera que tudo isso aconteça com a rapidez com que se prepara um hambúrguer. Sua meta, a curtíssimo prazo, é obter as melhores notas no concurso que vai garantir a sua estabilidade profissional, dentre outros benefícios inerentes à posição.
O desafio, para alunos e professores, assume proporções gigantescas. O jogo vale troféu em campeonato nacional. Nessa batalha, a única coisa permitida é a aprovação. Uma vitória, no entanto, a ser construída sobre a areia movediça de um repertório que, na maioria dos casos, é quase inexistente. É preciso acreditar em milagres, mas sem se esquecer de que o mundo não é uma imensa pastelaria. E que, por isso mesmo, em algumas áreas da vida, quem não tem, continuará sem ter. ₪
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