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  • Foto do escritorRubens Marchioni

■ Qualquer destino serve para quem não tem destino

Um começo. Uma interrupção. Uma caminhada que se parte ao meio. Um resultado que se perde no asfalto, sob o frio, o sol e a chuva. Uma frustração com sabor de chumbo. No entanto, fiel à ideia de manter o foco, a tragédia anunciada bem poderia ficar em alguma obra de ficção. Mas, até mesmo para refletir sobre isso, é preciso desenvolver certa dose de foco.


Quando ele se ausenta, existe o risco de parar um projeto na fase da iniciativa, sem chegar à “acabativa”. A falta de domínio sobre si mesmo e sobre o trabalho é a responsável por esse desvio de rota. Não raro, ele acarreta acidentes fatais, com a perda de uma grande ideia.


Agimos assim, porque temos o hábito nada produtivo de cultivar o imediatismo. Nosso desejo de gerar economia de tempo e mão de obra provoca rombos que comprometem a finalização do trabalho. E assim ele morre de asfixia, no vermelho cor de sangue.


Iniciativa, com excesso de pressa para concluir, mata os melhores projetos. Ao forçar o nascimento da resposta, deixamos de lado a concentração no que realmente conta: a qualidade, que deve estar presente desde o início e seguir de ponta a ponta.


Aqui, o autoconhecimento é essencial.


Ele coloca sobre a mesa nossos pontos fortes e fracos. Revela tudo o que precisa ser trabalhado em nós para que o produto final não deixe a desejar.


Mas uma ação bem direcionada permite a mudança dessa trajetória. Ela é fruto de um processo de descoberta dos traços que definem o caminho a ser seguido passo a passo. E sabe conduzir até o grau máximo de satisfação, resultado de um trabalho que produz o que há de melhor em termos de forma e conteúdo.


Isso certamente implica na necessidade de rever as motivações para cada novo projeto. Isso certamente implica em desenvolver a habilidade de ser flexível. Porque é essencial ser capaz de fazer as mudanças certas na hora certa.


Quando trabalhamos com foco, sentimos a alegria de viver experiências positivas. Elas são trazidas pelas conquistas que só os projetos concluídos permitem alcançar. Ora, isso requer treino, para reforçar a habilidade natural de agir assim. Mas nem sempre é fácil treinar, desenferrujar os músculos da atitude. O processo pode exigir um ato de bravura de nossa parte.


Uma vez percebendo que o projeto saiu do papel, mantendo o DNA e todo o seu frescor, sentimos que a nossa atitude valeu a pena. Ainda que a dose de esforço tenha sido exaustiva. A sensação alegre de compartilhar aquela ideia que tomou corpo e veio habitar entre nós é algo que justifica todo o empenho, minuto a minuto. Mais do que isso, justifica a celebração.


Se aceita uma sugestão, assuma um compromisso consigo mesmo. Pense nos seus projetos engavetados. Pense naquelas ideias que alimentam e engordam a pasta “Obras Incompletas”. Traga-os para a vida. Seja a pessoa que provoca o parto de cada um deles, para que façam aqui fora o que têm como sua grande missão: contribuir com o crescimento das pessoas.


Faça e seja feliz.


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