Eu era um garoto de 15 anos, quando fui atingido por uma paixão crônica pelos livros. Descobri o gosto pela escrita, qualquer que fosse o gênero. Queria ser escritor.
No seminário, estudei Filosofia e Teologia. Ponto de virada: migrei para o ramo da Comunicação Social, área em que obtive o título de especialista em Propaganda. Mas isso é outra história, foi apenas o contexto que me deu o pretexto para redigir esse texto.
Uma etapa muito interessante dessa história teve início quando ingressei na terceira faculdade. Levada pelos desafios profissionais, minha cabeça tomou uma decisão da qual não se desfaria mais: pesquisar a alquimia que, escondida nas mãos dos escritores, transforma palavras em textos academicamente corretos e prontos para serem enriquecidos, com uma boa dose de criatividade, quando a situação permite ou até exige.
Ao ler algo que considerava muito bem escrito e extremamente criativo, ficava intrigado com o processo de construção por trás daquele trabalho. E aumentava a certeza: “essa pessoa não escreveu isso a partir do nada, tem de haver algum truque, um recurso que não conheço e quero descobrir.” Qual é a fórmula secreta da Coca-Cola? – eis a pergunta que persegue a humanidade junto de outras três: Quem sou? De onde vim? Para onde vou? Comigo não foi diferente.
Apenas exemplificando, o que permite ao apresentador de telejornal ler e, ao mesmo tempo, olhar para a câmera, nada tem a ver com extrema habilidade, duzentos anos de treino, superpoderes, talento excepcional reservado a poucos ou coisa parecida. O recurso técnico é um equipamento chamado teleprompter, invisível para o telespectador. Ora, de posse do mesmo instrumento, qualquer um de nós repete a façanha.
E do redator? Qual o teleprompter? Essa foi a pergunta que me transformou em pesquisador voluntário na área. Minha primeira experiência bem sucedida foi quando, universitário, me propus a descobrir o que havia por trás da redação de vinte anúncios brilhantes, publicados por agências idem nas maiores revistas e jornais. Qual era o truque em comum, desconhecido por nós, mas à disposição daqueles redatores premiados? Descobri. E confesso que é bem simples.
Enquanto investigava os caminhos usados por redatores e escritores para obter os melhores resultados, sistematizei os recursos utilizados nessa busca e elaborei um material muito útil na hora de criar ou analisar textos próprios ou de terceiros, a que chamo de “Logos Creative Method”. Sei que ainda estou a caminho. Nas mãos, levo um mapa e o desejo de continuar chegando. ₪
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