Quem não conhece alguém vivendo em situação de risco? O dinheiro acabou, o trabalho não veio, a coluna “débito” sobe pelo elevador disparado, enquanto sua vizinha, “crédito”, mal sabe onde se encontra a escada.
O bom senso faz um convite insistente: ter uma atitude de serenidade diante da crise. Por sua vez, a inteligência a recomenda como sendo o caminho mais seguro para manter as coisas minimamente sob controle.
No Brasil, a situação econômica é caótica. O mercado de trabalho fincou os pés na sua instabilidade rígida, gerando insegurança para todos. Neste cenário, somente um comportamento cristão-budista é capaz de evitar que a vítima entre num processo de desequilíbrio que pode não ter volta.
O Poder, composto por forças com a mesma estatura do governo, Igreja e empresa, apenas para citar alguns exemplos, tem o poder de decidir nosso destino. Fragilizados, tornamo-nos presas fáceis de quem deseja se beneficiar dessa conjuntura, que amordaça em silêncio e mata feito guerra bacteriológica.
A saída pode estar na criação de uma forma própria de fazer política. Eu, por exemplo, confio pouco naquela praticada nos palácios, estejam eles em Brasília, Roma ou na Matriz da multinacional. Prefiro aquela, segundo a qual ofereço a minha contribuição a alguém com rosto, nome e endereço, que precisa adquirir um novo conhecimento ou habilidade. Ou a indicação para a conquista de um trabalho naquele ambiente quase impenetrável, exceto para quem sabe onde está a chave.
Ao invés dos discursos que todos os dias salvam a humanidade, escolho a ação concreta que ensina uma pessoa a ler e escrever, enquanto providencia para o outro o indispensável alimento e cobertor.
Não me lembro do nome do autor, mas a frase que ouvi afirmava que as palavras bonitas consolam a mente, mas as barrigas vazias querem pão. Podemos começar agora esse grande movimento de rebeldia e quase desobediência civil. ₪
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