[Meu microfone está aberto?] A mensagem é: tudo bem, se você já vive um longo namoro ou mesmo um casamento, não existe realmente por que ter o mínimo de vaidade, cuidar da própria aparência, não ficar em casa com aquele jeitão de “estou aqui esperando a morte chegar”.
Afinal, a conquista já foi feita. Ora, isso seria tranquilizador, não fosse por um detalhe que faz toda a diferença. Enquanto você se abandona, alguém está se cuidando, e muito bem, para a sua metade, que talvez não tenha perdido o senso de estética. Tudo é uma questão de oportunidade para o primeiro encontro e encantamento. Daí em diante, as coisas se ajeitam com uma boa conversa, algo do tipo “o problema não é você, o problema sou eu, com essa minha mania chata de querer…”. Qualquer explicação que economize tempo e desgaste na demolição de um relacionamento já condenado.
Sei que uma coisa não tem muito em comum com a outra. É que por acaso me lembrei de que numa respeitável explanação sobre Marketing, durante o curso de pós-graduação, o professor lembrou-nos de que a Volkswagen perdeu muito da sua fatia de mercado para a Fiat porque confiou além da conta no slogan “Qualidade e tecnologia do líder”. Com isso, ele queria mostrar que o efeito devastador desse comportamento é democrático, atinge pessoas físicas e até mesmo grandes corporações. Bobagem. Tem gente que gosta muito de falar, exagera em tudo. Que coisa chata, isso! [Fecha o microfone]. ₪