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Foto do escritorRubens Marchioni

■ Meu contrato de trabalho preferido

O equilíbrio desejável entre trabalho e vida pessoal é fruto da implementação de uma jornada flexível, da adoção de home office, além de outras medidas que ajudem a encontrar esse equilíbrio. As respostas existem e estão disponíveis quando se aceita o desafio da procura.

Lembro-me de um período em que fui redator e diretor de criação numa agência de propaganda. Desde o início, a convivência era muito boa. A certa altura, uma sócia me pediu que pensasse em algum critério de relacionamento profissional. Então sugeri o que foi a minha melhor experiência em termos de contrato de trabalho. Ele era feito de duas cláusulas. A primeira, inspirada no pensamento de São Paulo, “rivalizai-vos em caridade”. A segunda, nascida da recomendação de Santo Agostinho, “Ama e faze o que quiseres.” Dito e feito.

Nossa rivalidade cresceu; um queria superar o outro em termos de descobrir novas formas de contribuir. E com base na ideia de que, desde que fosse feito para o bem da agência, da equipe e dos clientes, tudo era válido, o resultado superou as expectativas. Muito “católico”? Mais do que um possível rótulo, o que importa é o conteúdo, é conhecer e usar o pensamento de quem pode nos inspirar.

Voltando ao início da conversa, o profissional não pode ser reduzido à condição de máquina, disso a gente já sabe. Máquinas não pensam e não sentem. Não refletem, nem produzem o conhecimento, ciência organizada que pode ser convertida em ação transformadora, quando devidamente simplificada.

As grandes descobertas – Alex Osborn o confirmaria – acontecem quando a mente está relaxada, em clima de passeio. Sem essa condição, como pensar em progresso? É preciso tempo e disposição, quando se pretende encontrar novos caminhos. Eles existem e estão à espera desse encontro.  

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