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■ Lord, parla for me. Amém?

  • Foto do escritor: Rubens Marchioni
    Rubens Marchioni
  • 25 de nov. de 2013
  • 2 min de leitura

Lord, parla for me. Amém?

Northampton, Reino Unido – NÃO SEJAMOS INJUSTOS. O Nero Café está longe de ser uma cafeteria como todas as outras.

Certa vez, o mestre W/Bertini abriu o texto de um spot com a frase “Contra fatos não há argumentos.” Nostalgia à parte, um fato garante o diferencial do Nero: é aqui o lugar onde saboreio novamente o Loacker – Cremkakao, wafer recheado com um delicioso creme de chocolate, maravilha que experimentei na Garfagnana, Itália.

Hoje, quando entrei, fiz uma prece: “Senhor, repita aqui o milagre de Pentecostes. Eu falo inglês com o balconista e o Senhor faz com que ele não se irrite e até me atenda, conforme as minhas parcas necessidades. Amém”.  Corta.

Durante os oito anos em que estive no seminário, ouvi gente afirmar que não entendia o repentino silêncio de Deus. Principalmente, depois de ter dado provas da sua competência, ao encher de palavras o espaço equivalente a 72 livros da Bíblia, versão católica.

Puro engano. Do alto, em linguagem atualizada, veio a resposta. “Na boa, fala com o brother do caixa e pede o chocolate. Ele vai atender e até ajudar a separar as moedas. No que depender de mim, você não vai pagar o mico de meia hora atrás, quando se sujeitou a comer um salgado e tomar um enorme cappuccino, ao mesmo tempo, só porque não acertou na hora de informar que a ordem desses fatores altera, e muito, o paladar. Admirei seu estilo quase britânico. Mas confesso que meu estômago ficou levemente confuso com tudo aquilo”.

Deus, a Palavra por excelência, sempre diz mais alguma coisa. “Depois, quando for escrever a crônica da semana, mencione o Nero. Alguns vão dizer que é jabá; outros, que é matéria paga; merchandising. Liga não. Já disseram até que o crucifixo é apenas um logotipo. Eu sei que foi uma troca de gentilezas entre vocês, e contra esse fato, nem eu tenho argumentos.”

Pedi a saideira. “Uno espresso, please. Grazie”. Como até agora não recebi voz de prisão por duplo homicídio, flagrantes e muito bem qualificados, sinto-me à vontade para retomar na próxima semana. Desde que Deus aceite novamente a condição de cúmplice. Sozinho, never. ₪

 
 
 

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