Veja só do que é capaz um descuido. Comenta-se, à boca miúda e, por que não dizer, à graúda também, um fato revelador acontecido nas primeiras semanas da crise que atinge a Grécia.
Pela terceira vez o presidente grego fez um discurso, inflamado, à nação, informando sobre as medidas que seriam tomadas para conter a crise e pedindo que a população colaborasse ao máximo, sem no entanto obter o envolvimento esperado.
Enfurecido, o homem teria dado um murro na tribuna de onde falava e gritado: “Pô, eu já disse isso três vezes esta semana.” Depois de uma pausa, retomou, finalizando: “Será que estou falando grego?!” E foi-se embora.
E o homem realmente estava falando grego. Uma falha incorrigível da sua assessoria, que não se deu conta do fato logo no início do primeiro discurso. Uma cena inaceitável para o país que é, sem dúvida, o berço da política e da oratória.
O rei da Espanha, que estava por perto, viu que não adiantava mesmo todo aquele esforço e, aproveitando uma frase requentada, sugeriu ao chefe da nação grega: “Por que no te callas”? ₪
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