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Foto do escritorRubens Marchioni

■ Está resolvido

Resoluções são contratos assinados com a própria vida, para que a existência seja feita de uma felicidade maior e mais feliz.

Além de nós mesmos, eles não carecem nem exigem testemunha. Uma cláusula deixou de ser obedecida durante a sua vigência? Somos o nosso próprio tribunal. O julgamento será rigoroso. Sêneca, importante escritor e filósofo do Império Romano, lembra que “Nenhum culpado se livra do castigo”.

O que nos induz a esse crime inconsciente, sem a intenção de matar? O hábito de colocar a agenda pessoal de pernas pro ar. Ou de cabeça pra baixo.

Traduzindo para a prática: com o melhor do nosso vigor matutino, físico e mental, esforçamo-nos, sem descanso, para realizar tarefas apenas acidentais, que podem esperar. Depois, damos algo de nós para fazer o que é importante. E por fim, quando nossas energias vivem o seu crepúsculo, empenhamo-nos no que é essencial, prontos para adiar o trabalho. E isso nada tem de inteligente ou sensato.

Em geral, a pena prevista é a prisão ao sentimento de derrota, com seu poder silencioso de punir e ensinar. Um estado de encarceramento que não se resolve por meio de habeas corpus. Afinal, para todos os efeitos, ele nem sequer existe.

Será essa uma explicação razoável para a nossa constante resistência em assumir compromissos quanto ao que vamos ver, pensar, sentir ou fazer? Talvez. 

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