O que se poderia adicionar ao diálogo, no relacionamento com pessoas de diferentes gerações, segundo critérios de perdão, por exemplo, e que se transforme em comportamento habitual, a fim de que a necessidade de entretenimento seja plenamente atendida?
PossÃvel resposta: bom humor. Por onde passa, ele produz um clima ameno, de relaxamento. Algo como uma tarde ensolarada em que, dentro de uma camiseta sem pretensões, tomamos água de coco e jogamos conversa fora. Nada aà é levado tão a sério. Rir das coisas, rir de si mesmo: tudo fica ainda melhor nesse ambiente sem amarras, sem arame farpado ou cacos de vidro; sem qualquer forma de armadura.
Um pouco de leveza aqui, outro ali e, quando menos se espera, acontece o milagre: o ambiente ganha nova luz, uma decoração diferente. Cria espaço para que a repetição dessa prática se torne corriqueira. E aÃ, o que poderia ter sido uma conversa cheia de gravidade, confronto de ideias, como se cada qual fosse uma rocha, absoluta em si mesma, revela-se um momento gostoso de troca.
Nada que remeta, portanto, à ideia rÃgida de números numa certidão de nascimento, mas de um ingrediente muito mais importante, decisivo e aconchegante: a de que somos pessoas pertencentes à mesma famÃlia humana. A conversa, nesse caso, não termina. Apenas pede um intervalo para ser recomeçada com mais cor e sabor. Estamos conversados? ₪