As primeiras aulas de corrupção acontecem dentro de casa, quando de pequenas decisões, ditas inocentes e até justificadas, tomadas pelos adultos diante dos pequenos, que os enxergam como exemplos. [Certa vez ouvi alguém afirmar que quem bate para ensinar está ensinando a bater].
Assim, a criança começa a repetir o que viu, ouviu e sentiu. Sem se dar conta de que ela está em treinamento, adquirindo novos conhecimentos, habilidades e forjando atitudes, ninguém diz nada, porque se trata apenas de uma criança. Muitos tentam corrigir o desvio, alguns anos mais tarde, defendendo a redução da maioridade.
Nós a seduzimos. Compramos. Barganhamos. E então ela se desenvolve, torna-se adulta. E de novo repete o mesmo comportamento, agora na escola, na empresa, nos relacionamentos. Ou na cena política, onde tudo vai acontecer na mais absoluta normalidade – falando em especial sobre os brasileiros, o Barão de Itararé, que sabia das coisas, lembra: “Negociata é um bom negócio para o qual não fomos convidados.”
E só então a gente se dá conta de que as coisas fugiram do controle. O político não nasce corrupto. Ele aprende a ser corrupto. Geralmente em casa, porque todos acham “bonitinho” o que essa criança “sapeca” está fazendo. ₪
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