O grupo inicial era formado por apenas seis pessoas. Tênis confortáveis, que o chão é duro. Bandeiras e cartazes nas mãos. Todos eram personagens que ganhavam uma estrada de extensos mil quilômetros, saída em São Paulo. O destino: a sede do governo federal, inesquecível nesses tempos de crise. A liturgia: protocolar um pedido de impeachment da presidente Dilma.
Essa gente insatisfeita carregava na bagagem o descontentamento de toda uma nação para com a sua líder máxima. Temiam o risco de pagar mico, provocado por questões de logística. Falhas técnicas e humanas estão por todos os cantos. E podem dar o ar da sua desgraça a qualquer momento.
A Marcha pela Liberdade, organizada pelo Movimento Brasil Livre, foi movida pelo desejo nacional de mudanças na conduta ética do governo. O país quer se libertar dos mensalões e petrolões, dentre outros. Eles pesam além do que a nação pode suportar, e emperram o nosso crescimento. Hoje somos uma nação infeliz.
Só não se sabe exatamente onde fincar os pés, a fim de que a presidente seja sumariamente demitida. Até onde se sabe, não há base legal para o pedido de desligamento da senhora Roussef. E isso, como disse recentemente um comentarista político, não se resolve a partir do fígado – não bastam afirmações como “Eu não gosto dela, quero vingança.” Existe uma saída? ₪
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