■ Dia do Senhor
- Rubens Marchioni
- 13 de jul. de 2015
- 1 min de leitura
No domingo, quando o dia se esconde no próprio silêncio, gosto de me recolher com ele. Eu trouxera isso do seminário? Talvez ele tenha intensificado esse sentimento que veio do berço.
Pouca luz ambiente. Nenhuma tela. Nenhuma imagem. Um copo de vinho. O pão que se reparte. Uma pequena liturgia. Cerimônia íntima, para poucos.
A música, desenhada pela orquestra, faz a trilha sonora deste “dolce far niente” capaz de produzir, com perfeição, absolutamente nada. Descanso de corpo e alma. Reintegração de posse. Um reino jamais terá vida longa se estiver dividido.
A conversa, calma e espontânea, sem buscar conclusões definitivas. Nada é tão sério e definitivo quanto o riso, talvez a gargalhada que surpreende, a visita ao interior de si mesmo e do outro. Uma trindade perfeita.
Resumindo, gosto de ficar à disposição de mim mesmo, para que o Absoluto construa o seu templo e faça a sua epifania. ₪
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