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■ Conversa com quem gosta de empreender

  • Foto do escritor: Rubens Marchioni
    Rubens Marchioni
  • 16 de jan. de 2018
  • 2 min de leitura

O Brasil quer sair da sua pior crise e a recuperação terá um processo gradual, afirmam os especialistas.

É claro que as grandes empresas têm um papel importante nessa retomada, pela estrutura de que dispõem, somada à capacidade de investimento. Mas esta é só uma parte da história. Somando forças, está o empreendedorismo, que sempre descobre novos espaços para fincar suas raízes, fortes o bastante para que uma “portinha” atinja o status de empresa capaz de gerar emprego e alegria.

Empreender é fruto do exercício de olhar bem para o próprio status profissional e ouvir a voz que convida para a aventura de ter o próprio negócio. E então dar os primeiros passos, que começam com uma pesquisa preliminar do comportamento do mercado, identificação da demanda reprimida e definição do jeito mais inteligente e rentável de atendê-la. A propósito, lembre-se de que, se muitos negócios não prosperam, isso acontece também porque nasceram para solucionar problemas que não existem, como livros que, segundo Drummond, foram “escritos para evitar espaços vazios na estante”.

Nesse caso, sair da zona de conforto e colocar os pés no terreno pouco previsível da aventura é essencial. E produz tanto mais resultado quanto se aplica uma boa dose de criatividade, que conecta o diferente para produzir o novo, resolver e encantar. Uma sociedade incapaz de fazer isso, corre o risco de ter como única narrativa a desventura de se diluir feito bloco de gelo em pleno Saara. Sem aventura não existe progresso.

Mas tornar-se empreendedor é para quem se dá conta de que existe segurança demais em sua vida. É alternativa para aqueles que vivem numa existência que lembra a inigualável sensação de estar mascando Bom Bril.

Ou seja, para empreender, você precisa sentir o desejo de mudar, como Dorothy, personagem de O mágico de Oz, que pensa no Kansas como um carrossel, um lugar seguro, mas rotineiro, previsível e entediante, onde gira em círculos – não há perigos ocultos, e um dia é rigorosamente igual ao outro. É chato.

Então, para não se arrepender do que deixou de fazer, convém soltar as amarras, agarrar o vento e descobrir o novo – por que correr o risco de ser seguro, se é muito mais divertido arriscar-se a ser original? “Um barco está seguro num porto, mas os barcos não são construídos para isso”, lembra John A. Shaedd. Mais do que isso, como empreendedor, você patina sobre uma camada de gelo fino e, nesse caso, a sua segurança está, sobretudo, na velocidade que pode desenvolver.

Ao mesmo tempo, empreender requer aprendizado prévio – uma aprendizagem significativa, penetrante, que não se limita ao simples acúmulo de conhecimento. As chances de sucesso aumentam quando se vive a experiência do líder-servidor. É preciso ser um chefe educador, o coach da própria equipe, aquele que auxilia todo o trabalho de parto. Um líder que ajuda as pessoas a desenvolver a maturidade profissional, adotando a prática de dar feedback, oferecer o mapa e os elementos indispensáveis para que seus liderados tomem decisões sobre seus próprios problemas, esse tende a ser um empresário que realiza sonhos, mais do que constrói prédios.

Embora desafiante, empreender não é difícil quando se dispõe de recursos mínimos para isso. E produz resultados que ajudam a levantar uma nação em crise.  

 
 
 

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