A nossa cultura é essencialmente consumista. Em geral, compramos o que não precisamos, com a justificativa de que sem aquele item a nossa felicidade se torna inviável. Para isso, usamos o dinheiro que não temos, comprometendo a segurança financeira do presente e do futuro. O objetivo final é impressionar pessoas que não conhecemos. Não por acaso, o slogan usado por um antigo fabricante de vestuário advertia que “O mundo trata melhor quem se veste bem.” Por fim, estamos certos de que responder a esse impulso é uma decisão que nos coloca mais próximos de sermos o que não somos necessariamente. Ora, o ter e o ser não compartilham o mesmo DNA. A conta não fecha.
A comunicação mercadológica sabe muito bem fazer o jogo da conquista. Aciona os nossos medos e vulnerabilidades – solidão, crítica etc. – para torná-los poderosos e fatais. Para isso, apoia-se nos recursos das ciências humanas, muito bem calculados. Antes de ter habilidade no uso de técnicas de criação, os melhores publicitários dominam áreas do conhecimento como Psicologia, Antropologia e Sociologia, apenas para citar alguns exemplos.
Tudo feito sob medida, para nós fica apenas a parte mais fácil: cair na armadilha. E depois, salve-se quem puder. ₪
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