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■ Caracteres com espaço

  • Foto do escritor: Rubens Marchioni
    Rubens Marchioni
  • 18 de nov. de 2013
  • 2 min de leitura

Northampton, Reino Unido – SEGUNDA-FEIRA, DIA DE ESCREVER a primeira crônica para o jornal. Não, não estou informando ao prezado leitor brasileiro que hoje é segundona. Em lembrete, converso antes, comigo mesmo.

Ontem foi mais um dia rotineiro nesta terra, que agora é minha casa. Não fosse pela liturgia domini-cal, tudo o mais se repetiu: o cheiro, o sabor e o frio de qualquer dia útil. O sábado, pelo menos, teve uma dose mais densa de lazer. Pela manhã, uma caminhada até o centro da cidade. Parada obrigató-ria no Costa Café, que conheci no Heathrow Airport, em Londres. Lá dentro, sinto-me em casa. Até já sei pedir um expresso single e fazer de conta que não percebo o desconforto do barista, frente à mi-nha pronúncia pouco trabalhada, embora cheia de intenções.

Depois de umas pequenas compras, um almoço breve, porque breve é a verba e o tamanho do bolso, encolhido também pelo frio arrogante e natural. Na volta para casa, um plano ousado: cortar o cabe-lo, de preferência no mesmo lugar onde o meu querido little grandson Davi cortou há alguns dias por módicos sete pounds. O salão estava closed. Segui em frente, cortei o frio e dei de cara com o outro estabelecimento do gênero. Lá dentro, um cabeleireiro, com ares de Jardins, queria fazer o serviço por nada menos de 80 pounds. Como ainda não tenho planos de vender o apartamento em São Paulo, empinei o nariz, sapequei logo um I’m sorry e não se fala mais nisso. Eu, hein?

Em casa, o aparelho de repaginar o layout do cavanhaque, enfim estreado, funcionou muito bem, uma beleza. Basta dizer que devastou por completo o que encontrou pela frente. Por falar nisso, também vou cortar esta prosa, que pode conter no máximo 1.700 caracteres. Inté. 

 
 
 

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